TV Digital
David Britto, diretor de Estratégia de Tecnologia da TOTVS, esteve presente na Campus Party para falar sobre as oportunidades que surgiram a partir do novo cenário da TV Digital. A palestra, realizada no dia 20/01, fazia parte da Campus Start-up, um programa voltado especialmente aos campuseiros que estão dispostos desenvolver projetos empreendedores.
Para mostrar aos campuseiros um pouco deste vasto e novo contexto, David estruturou sua palestra em cinco principais tópicos, que abordavam desde dados atuais do mercado brasileiro e do IBGE até pré-requisitos desejáveis a um profissional interessado em desenvolver aplicativospara esta nova plataforma. Veja com mais detalhes cada um deles:
TV Digital Aberta X Conteúdo pela internet
No Brasil, são produzidos cerca de 10 milhões de aparelhos televisores por ano, entre analógicos e digitais. Tendências apontam para que, no futuro, a procura de brasileiros por TVs com sinal digital seja grande. Afinal, além dos eventos como a Copa (2014) e os Jogos Olímpicos (2016), tradicionalmente responsáveis por picos de vendas, o governo vai realizar, em 2016, o chamado Apagão Tecnológico.
Atualmente, os canais abertos funcionam em duas frequências: VHF (canais 2 a 13) e UHF (canais 14 a 69), sendo esta segunda já presente em aparelhos com sinal digital. Em 2016, o governo vai recolher todas as frequências analógicas, deixando os canais disponíveis apenas em UHF. Esta é uma ação prevista desde 2007.
Dados do IBGE apontam que 65% dos lares brasileiros têm PCs, mas apenas 18% desses contam com banda larga. Ainda segundo dados, a TV é o segundo eletrodoméstico procurado pelo brasileiro ao mobiliar sua casa, ficando atrás apenas da geladeira.
Desta forma, temos uma equação em que a soma de “TV Digital Interativa” com “Alta Penetração de TV Aberta” e “Baixa Penetração de PC/Internet” resulta em uma excelente oportunidade para se utilizar a TV Digital Aberta como forma de inclusão social e comunicação em massa.
Ginga
David Britto apresentou aos campuseiros o Ginga, o middleware desenvolvido pela TOTVS que hoje é considerado como de padrão mais avançado para TV aberta e IPTV (Internet Protocol – um novo método de transmissão de sinais televisivos) do mundo. Não à toa, o Ginga é adotado emmais de dez países, sendo parte integrante das normas ABNT para a TV Digital Brasileira e recomendado pela ITU (International Telecommunication Union), uma organização ligada à ONU para aplicações de radiodifusão e IPTV.
Produtos compatíveis com o Ginga
Diversas grandes marcas do mercado já possuem o Ginga embarcado em seus produtos. Conheça algumas delas:
• LG: alguns aparelhos celulares e TVs;
• Sony: toda a linha de TVs, inclusive com a tecnologia 3-D (David ressaltou que o Ginga ainda não possui esta tecnologia, mas esta melhoria faz parte do seu roadmap);
• Philips: toda a linha de TVs;
• Panasonic: nova linha de TVs de Led e Plasma;
• LG: alguns aparelhos celulares e TVs;
• Sony: toda a linha de TVs, inclusive com a tecnologia 3-D (David ressaltou que o Ginga ainda não possui esta tecnologia, mas esta melhoria faz parte do seu roadmap);
• Philips: toda a linha de TVs;
• Panasonic: nova linha de TVs de Led e Plasma;
Pré-requisitos para desenvolvedores
É importante para um profissional que deseja ingressar nesta área conhecer fundamentalmente a linguagem de programação NCL (Nested Context Language), LUA e Java. Além delas, é preciso ter habilidade para desenvolver aplicativos customizados para plataformas de hardware e software restritas, bem como para criar interfaces virtuais, que serão visualizadas a distância e controladas por controle remoto, uma condição que impõe severas limitações.
Stickercenter
No último tópico da palestra, David apresentou aos campuseiros o ambiente que permite aos telespectadores baixarem os stickers, aplicativos que são mandados para os aparelhos televisores pelo sinal de TV Digital. Além disso, o Stickercenter também conta com uma loja de aplicativos, permitindo que empresas e desenvolvedores produzam esses stickers baseados na plataforma Ginga.
No último tópico da palestra, David apresentou aos campuseiros o ambiente que permite aos telespectadores baixarem os stickers, aplicativos que são mandados para os aparelhos televisores pelo sinal de TV Digital. Além disso, o Stickercenter também conta com uma loja de aplicativos, permitindo que empresas e desenvolvedores produzam esses stickers baseados na plataforma Ginga.
Hoje em dia, é possível baixar stickers pelo Stickercenter: basta ter um receptor instalado na TV, que já se encontra disponível para venda.
Para concluir sua palestra, David deu atenção especial aos interessados em desenvolver um aplicativo para a TV Digital. Por se tratar de uma plataforma única, o desenvolvedor pode vender seu aplicativo tanto para os radiodifusores e para o consumidor, afinal, ele pode centralizá-lo em uma só loja.
Como se vê, este é um mercado em pleno desenvolvimento, já repleto de oportunidades e com muitas outras ainda por vir.
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